quinta-feira, 27 de novembro de 2014

2014 | 3.a Bienal da Bahia|


Departamento do Pós-Racialismo ( Religiosidade, Pertencimento, Corporeidade)
Seção Áfricas.

Galeria Hansen Bahia - Cachoeira, Bahia.
De 15 a 07 de setembro de 2014.


                                                                                                                                                                                                                                                                  
                                                                                                          Proteção na bandeja e um beijo, instalação                                                                        Abertura, foto Ayrson Heráclito






 Na ladeira da Barroquinha, que da acesso a Praça Castro Alves, nasceu o primeiro Candomblé de Salvador em uma comunidade fundada por três negras africanas cujos nomes são: Iyá Detá, Iyá Kalá, Iyá Nassô e Baba Assiká, Bangboshê Obitikó. Não se tem certeza de quem plantou o Axé desse reino de Keto na Cidade da Bahia.

Descendo a Barroquinha, encontramos a  Rua Baixa dos Sapateiros, primeira periférica negra da cidade, e rua comercial para a cultura de massa, onde essa cidade é gritantemente  negra. Para harmonizar esse eco hiper-moderno a via do transitório, de um trans-moderno.

"Proteção na Bandeja" fala de uma deriva seletiva de elementos para um cartograma de apreensão da energia trans-material desse território. Uma busca que remete ao materialismo aleatório dos encontros fortuitos.

Acima, Um beijo para Iemanjá
abaixo, Patuá de Oxalá.




segunda-feira, 24 de novembro de 2014

2014: O atelier aberto - Autenticando a eterna primavera

Em 2013 me vieram flores para lembrar o maio de 1968 em seus 45 anos e em homenagem a diplomacia e poesia de Vinicius de Moraes na casa dos seus 100 anos. É o ano em que me envolvo com uma nova militância, agora no bairro onde fica o atelier e com companheiros interessados em pensar e atuar por direitos urbanos. Trata-se de uma nova evolução, no sentido de encontro com um coletivo, de um amplo grupo de ação social, com atuação em rede, sem foco partidário, com total voluntariado de participação, buscando entender e atuar diante de questões ainda bastantes problemáticas do nosso centro urbano; ocupações, desapropriações, fortes interessasses imobiliários, gentrificação, sobrevivência de cultura popular, direitos de minorias, direito de maiorias, espaços culturais, planejamento urbano.
As flores para fruir o bairro 2 de Julho, tem haver com o Largo do Mocambinho e seus boxes-floriculturas, e para os que se lembram do largo interno quando funcionava as bancas de flores. Teve ainda haver com o fato de alguns anos atrás ter feito imagens de um Jardim na Praia da Paciência, Um jardim ecológico, com placas pedindo proteção ambiental ao planeta e a cidade. Esse jardim foi destruído para dar lugar a pretensa limpeza estética do Ed. Trapiche Adelaide.
Flores para dizer que venham as novas revoluções e que elas tratem de tornar mais amorosas  as relações humanas, com um bom cheiro mesmo.

O atelier aberto recebeu visitas pelo Circuito cultural 2 de julho na 3.a bienal da Bahia e pelo projeto Arte de Passagem, onde expus meus escaravelhos para Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade. A coletiva ficava no espaço cultural Castro Alves no Carmo - Pelourinho, e recebi grupos que vinham de van da exposição coletiva para o Atelier.  













sexta-feira, 21 de novembro de 2014

2014 : Circuito Cultural 2 de Julho através do Edital Arte em Toda Parte





No segundo semestre de 2013 foi aberto o edital "Arte em toda parte" administrado pela Fundação Gregório de Matos, da Prefeitura Municipal de Salvador. Organizamos uma proposta, em que o Atelier abadepimentel assumiu que seria o proponente, e onde me cabia ainda criar a parte de comunicação visual dos eventos. Tinha é claro, a responsabilidade de um grupo que realizava o evento em nome do Movimento nosso bairro é 2 de julho e uma ficha técnica no projeto em que tivemos a contribuição concreta de Ivana Chastinet, Cacilda Povoas, Viviane Hermida, Vilma Mota, Maya Manzi, Nilson Mendes, que abandonou o MNB2J no 3 circuito e Iguabira Veras que mesmo não tendo estado na anuência oficial, abraçou os Circuito desde o primeiro.
Foram 5 circuitos pelo edital de janeiro a junho. Neles contamos com o apoio de muitos artistas, produtores, técnicos e campos gravitacionais do bairro.


Circuito Cultural 2 de Julho na 3.a bienal da Bahia: Arte e mobilização social
                                                                                                     Maio/junho



caderno de fotos 


Circuito cultural 2 de Julho: O povo planeja o bairro.
                                                                                                     Abril






Circuito cultural 2 de Julho: Respirar no coração da cidade.
                                                                                                  Março


caderno de fotos 



Circuito cultural 2 de Julho: Carnaval, tradição e diversidade.
                                                                                               Fevereiro



caderno de fotos 



Circuito cultural 2 de Julho: Nordeste, sertão e mar - O comércio popular no bairro 2 de julho.
                                                                                                                                                    Janeiro



caderno de fotos 

2013/2014 : Movimento Nosso Bairro é 2 de Julho

Durante todo o ano de 2013, o Movimento Nosso Bairro é 2 de julho promoveu um evento cultural e mensal no Coreto do Largo. Esses eventos foram planejados semanalmente na reunião aberta do MNB2J, encontro de vários “campos gravitacionais” de produção cultural e artística do bairro (a Ocupação Vila Coração de Maria, a Huol produções, a ONG Bahia Street, o CEAO-UFBA, o Bar Mimosa, a San Vicente etc) tendo entre seus membros mais atuantes moradores militantes ( além dos já citados na postagem anterior: Maya Manzi, Cacilda Povoas, Vilma Mota, Rebeca Sobral, Rita  Clif, o já falecido Nilson Mendes, entre outros), um numero de artistas participantes grande e trans-moradores, que é como são chamados os que se juntam aos debates e projetos do movimento.


Coube ao atelier abadepimentel fazer a programação visual para gráfica e internet desses eventos, além de ajudas gerais na produção, registro e apresentação de processos como o audiovisual para o evento da Ladeira da Preguiça, sobre a tensão existente na Praia da contorno com ameaças de privatização pela Bahia Marina: “Um jardim para Netuno em águas de Yemanjá”, com o auxilio luxuoso da músicas de Vinicius de Moraes, artista brasileiro que fez 100 anos naquele 2013, que como poeta conhecia bem os males do povo dessa terra e que como diplomata tentou viver toda suas dores e alegrias.
abaixo  alguns desses banneres para os "Cinema no Coreto + Debate", evento que fez gerar os circuitos culturais 2 de julho.
















quinta-feira, 20 de novembro de 2014

2013/2014 : Movimento Nosso Bairro é 2 de Julho


Ainda em 2012 comecei a frequentar as reuniões do Movimento Nosso Bairro é 2 de Julho, obvio por está nesse bairro o atelier abadepimentel, e por eu já viver nesse trecho da cidade já vão bons anos.
 O primeiro trabalho concreto foi uma oficina virtual para refilar a ideia de logo e marca para nosso movimento. Eu sugeri o desenho de um sol com dois raios horizontais, por conta do “nasce o sol ao Dois de julho” do hino da independência da Bahia. Sobre esse sol Viviane Hermida e Diego Haase colocaram as 3 penas do caboclo, tornando humano e mítico nosso sol. Emblemático das junções das raças no Brasil, o caboclo esta fortemente associado ao nosso desejo de liberdade.

O Lançamento da nossa logomarca se deu com mais força no evento “Cinema no coreto + Debate: Faxinaço midiático”, quando pensei em luvas amarelas, luvas de uma Oxum a proteger nossos desejos por uma bairro com um meio ambiente mais bem tratado. Ivana Chastinet cuidou de performar as luvas comigo e vários participantes se dispuseram a usa-las em protesto ao abandono aos nossos sistemas de cuidados com o lixo no bairro.  Linda noite ao som do Barlavento, trazidos pelo Nilson Mendes. Havia ainda o Café com Zmário, uma gentileza enorme. Fiz um registro que gosto muito, com clima de barroquismo psicodélico.


Em 2013 no Atelier abadepimentel ocorreu a oficina “Nossa cara 2 de Julho” laboratório de imagens e projetos sobre o bairro, onde chegamos a uma série de ideias de ações e interpretações do território. Essas ideias e participações foram integrando a programação dos Cinema do Coreto + Debates que ocorrerão naquele ano,  e que fizeram surgir o projeto Circuito Cultural 2 de Julho, que estreio em novembro de 2013, com o tema da resistência negra.



Para vero faxinaço midiático:    https://www.youtube.com/watch?v=OQ41J4fUbxg